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VINHOS BRANCOS DO DOURO: O QUE OS TORNA ÚNICOS?

A ideia de que o Douro é (apenas) uma região de tintos começa a ficar ultrapassada.
Ainda que a sua produção continue a ser predominantemente marcada por esses vinhos, entre os quais se encontram diversas referências prestigiadas a nível mundial, os brancos do Douro têm vindo a posicionar-se como vinhos ambiciosos e de personalidade vincada e a conquistar um número crescente de apreciadores.

O que faz dos vinhos brancos do Douro vinhos únicos? Quais são as suas principais características? Continue a ler e descubra o que os distingue dos brancos de outras regiões.

Vinhos que refletem a diversidade do Douro  

A extensão, as variações de clima ou as diferenças de relevo que definem o terroir da região do Douro estão bem presentes no perfil dos brancos que aí nascem.

São vários os elementos que entram em linha de conta na criação do seu caráter.
Desde a viticultura de montanha, com vinhas plantadas em terrenos acima da cota de 500 metros, onde se consegue obter uvas com grande frescura e uma acidez elevada, sensações geralmente procuradas num vinho branco.

Mas nem só de altitude se faz a produção dos brancos da região. Há vinhas a crescer em cotas mais baixas que, dependendo da sua localização e da exposição solar a que estão sujeitas, podem também dar origem a vinhos complexos e elegantes. Em encostas viradas a norte e a este, menos fustigadas pelas altas temperaturas que se fazem sentir no verão duriense, é possível encontrar uvas que alcançam uma boa maturação e que, simultaneamente, preservam uma boa acidez.

Também os solos têm aqui uma palavra a dizer. Ainda que o xisto predomine na região, este coexiste com algumas zonas de formação granítica e até mesmo de calcário, sobretudo nos terrenos mais altos. É esta mistura e transição de solos que dá ao Douro a possibilidade de apresentar igualmente vinhos brancos de frescura intensa e com um perfil mineral bastante pronunciado.

As principais castas de vinho branco no Douro

O Douro tem uma grande diversidade de castas brancas que, muitas vezes, surgem já misturadas na própria vinha. Este fenómeno é sobretudo frequente no caso das vinhas velhas – vinhas com mais de 40 anos -, onde é possível encontrar variedades de uva bem antigas.

O facto de a região ter sabido preservar, ao longo dos anos, o seu vasto número de castas tradicionais permite que, hoje, produtores e enólogos tenham à sua disposição um largo leque de possibilidades e de combinações, de acordo com o perfil do vinho que têm em mente.

Ainda assim, fazem parte da identidade dos brancos do Douro mais modernos castas como a Rabigato e a Arinto, que favorecem a frescura e a acidez destes vinhos, a Viosinho e a Folgasão, que conferem maior corpo e intensidade, ou a Gouveio e Côdega do Larinho, que transportam um marcado caráter aromático.

O uso continuado e quase exclusivo das castas tradicionais continua a ser um dos grandes trunfos desta região e outro dos traços que ajudam a explicar a singularidade dos vinhos brancos do Douro.

As características únicas dos vinhos brancos do Douro

Os brancos do Douro distinguem-se dos vinhos de outras regiões por, geralmente, terem na sua composição uma maior diversidade de castas. Esta característica atribui-lhes uma maior robustez de corpo, uma boa combinação entre acidez e maturação, e uma maior complexidade aromática, sem prejuízo da frescura.

A região convida assim à descoberta de grandes vinhos, com diferentes perfis.
Desde brancos para consumir jovens, vinhos de tonalidade mais pálida, com aromas refrescantes a fruta e flores e equilibrados na boca, perfeitos para beber como aperitivo ou para acompanhar pratos de peixe e saladas. A brancos de guarda, de cor dourada, mais complexos, com maior intensidade aromática e maior persistência no palato, que fazem boas harmonizações com pratos de peixe gordo - como o salmão ou o bacalhau – ou de frango. Grande parte destes vinhos são identificados como “Reserva” e “Grande Reserva” e podem ser guardados alguns anos antes de serem consumidos.

Ao espelhar a diversidade extrema das características da região, os brancos do Douro têm uma grande capacidade para surpreender quem os prova.

Após um período em que apenas os vinhos tintos eram considerados, a região conseguiu conquistar também um lugar de respeito para os seus vinhos brancos, cuja perceção de qualidade é cada vez mais reconhecida e valorizada.

A dedicação específica a este tipo de vinhos e o estudo crescente em torno de castas tradicionais que estiveram durante muito tempo esquecidas estão a entusiasmar os produtores da região e a dar lugar a experiências interessantes. Um contexto que parece augurar um futuro ainda mais promissor para os brancos durienses.

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